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Seletividade Alimentar Infantil: O Que É e Como Resolvi!

seletividade alimentar infantil

Olá Mães, hoje vim falar um pouquinho sobre a seletividade alimentar infantil, um tema que assombra muitas mães (inclusive eu), qual é o profissional para pedir ajuda e a minha experiência com a seletividade alimentar da minha filha mais velha.

A Introdução Alimentar: Alimentação Saudável 

Já é sabido por todos que uma alimentação saudável é composta por alimentos variados, ou seja, com alimentos coloridos e ricos em nutrientes e de diferentes grupos alimentares e claro, equilibradamente.

A alimentação saudável então deve suprir as necessidades nutricionais de cada organismo, em outras palavras, a alimentação deve servir como uma fonte de energia essencial ao desenvolvimento físico e neurológico.

Os hábitos alimentares são construídos desde cedo, assim que o bebê começa a se alimentar, na maioria das vezes as crianças daqui do Brasil começam logo ali, por volta dos 6 a 7 meses de idade, isso é claro, a depender do “time” de desenvolvimento de cada criança.

Leia mais: Sinais de Prontidão para Introdução Alimentar: Descubra os Principais!

Mas um momento crucial deste processo corresponde à forma a qual fazemos a introdução da alimentação, ou seja, exatamente o período que o bebê começa a ser exposto aos novos sabores e texturas diferentes.

Hoje em dia existem diversas formas de apresentar os alimentos para as crianças, especialmente as formas mais conhecidas que são: a forma tradicional por papinhas, e a forma por BLW.

o manual das papinhas

Para as crianças, iniciar uma introdução alimentação sempre corresponde a conhecer um mundo a parte cheio de novidades. Por isso, deve ser explorado com muito cuidado, de modo que essa seja uma experiência agradável.

Não é difícil entender, quando, na verdade, basta a gente imaginar que nós adultos logo estranhemos quando chegamos em um lugar, ou até mesmo um país diferente, com alimentos desconhecidos, sabores e texturas novas.

Ou seja, é totalmente normal e de se esperar que, pelo menos no início, tenhamos certas resistências e dificuldade nos adaptarmos a estas novas situações, não é mesmo?

Então, por que com a criança seria diferente?

Toda fase de desenvolvimento merece uma atenção especial e acima de tudo “respeito”. Pois todas elas passam por este pequeno período de adaptação.

A indicação dos profissionais de saúde (e a orientação que recebi da pediatra dos meus filhos) é que o mesmo alimento deve ser oferecido por diversas vezes, e no mínimo 8 vezes de diversas formas diferentes por duas razões.

  1. Se houver alguma alergia alimentar ficará fácil identificação;
  2. Para que ela tenha ao menos a verdadeira experiência e oportunidade de conhecer novos alimentos (sabor, textura e paladar).

É importante dizer que o ideal é sempre oferecer alimentos sem adição de açúcares, temperos, ou sal.

Porém, nem sempre se trata apenas do início de uma adaptação na introdução alimentar, uma vez que muitas crianças podem também apresentar dificuldades aceitar novos alimentos, mas também alimentos já habituadas a comerem anteriormente. É justamente isso que chamamos de “Seletividade Alimentar“.

Seletividade Alimentar Infantil

Quando surge o período de seletividade alimentar infantil, principalmente em crianças que já comia diversos alimentos e resolveu fazer a refusa, os pais e mães acabam acreditando que trata-se daquela história de que criança acaba por aceitar apenas alimentos pastosos ou apenas nas cores brancas e amareladas?

É porque estes tipos de relatos estão relacionados a recusa, que inclusive pode aparecer em qualquer idade. Inclusive a restrição alimentar pode afetar até a vida adulta se não for detectada adequadamente.

Mas afinal, o que é a seletividade alimentar?

De forma prática, a seletividade alimentar (SA) é caracterizada pela limitação na aceitação de alimentos saudáveis, e principalmente extrema resistência para experimentar novos sabores.

O problema da seletividade alimentar é que isso pode trazer uma série de problemas nutricionais e no bom funcionamento do sistema imunológicos e principalmente limitar também na vida social da criança quando existir oportunidades de socialização quando os eventos estão relacionados à alimentação.

Seletividade alimentar infantil

As crianças com possuem a seletividade alimentar infantil geralmente acabam aceitando apenas aqueles alimentos que faz parte do mesmo grupo e que conhece. É bem comum apresentarem também diversos comportamentos para não aceitar alimentos novos e apresentarem diversas dificuldades como:

  • Choros;
  • Birras;
  • Enjoo;
  • Vômito.

Até mesmo outras manifestações de recusa alimentar.

O mais preocupante que a recusa alimentar não simplesmente passa com o tempo, ela merece realmente cuidados, tratamento e paciência para lidar com estas situações.

As crianças com seletividade alimentar precisam apoio não somente de especialistas para tratamento correto, mas também de apoio familiar para superar essas dificuldades. Conforme mencionei anteriormente, já passamos estas situações e às vezes acontece com a minha filha, mas hoje temos mais “jogo de cintura” para lidarmos com essa situação e sempre deixamos ela a vontade e logo passarei dicas do que funcionou ou não aqui em casa.

Tá, mas qual profissional poderá ajudar na seletividade alimentar infantil?

Bem, como tudo sempre veria de criança para criança, sua idade e dimensão das dificuldades apresentadas.

Cada tratamento é único e exclusivo para cada criança. Por esta razão os profissionais que podem lhe ajudar com estas situações são:

  • Pediatras;
  • Nutricionistas Infantis;
  • Fonoaudiólogos;
  • Psicólogos infantis;

Agora que você sabe os profissionais que podem te ajudar, informarei o que você pode fazer em sua casa com seu filho antes de ter que procurar uma ajuda especializada.

Faça o momento de alimentação algo divertido:

Uma das coisas que me ajudaram bastante é sempre entender o lado da minha filha e mostrar que o momento da refeição pode ser divertido e prazerosos e vai muito além do que ensinar e fazer à criança mastigar e engolir alimentos saudáveis.

Sim, demanda toda uma dinâmica familiar e isso vai desde: a escolha dos alimentos, como também a forma de preparo destes alimentos. A forma que você oferecerá o alimento para a criança, saber lidar com o comportamento que a criança apresentar.

Qual exemplo que as pessoas próximas irão mostrar em suas escolhas alimentares, e uma série de brincadeiras e formas de distrações que podem ser usadas nesse momento para a criança poder associar a alimentação com um momento gostoso.

Bem, agora falando de forma bem resumida, falarei as coisas que deram certo ou não aqui em casa com a minha pequena.

O que SIM ajudou a resolver a seletividade alimentar infantil:

  • As pessoas como pai e mãe sermos exemplos nas escolhas de hábitos saudáveis;
  • Fazermos brincadeiras na hora de comer;
  • Mostrar como funciona os preparos dos alimentos;
  • Levar na feira e mostrar os alimentos;
  • Na hora do preparo colocar a criança próxima para ajudar na cozinha (mostre a criança que ela é importante e que você sente prazer na ajuda dela e é claro, com cuidado para ela não se machucar e distante de utensílios cortantes, perfurantes e panelas quentes, por exemplo.)
  • Assistirmos desenhos que ensinam sobre os alimentos saudáveis;
  • Oferecer os alimentos de forma divertida e estarmos juntos nas refeições;
  • Consulta com nutricionista para aprendemos a forma correta de oferecer os alimentos sem perder os nutrientes e para maiores sugestões de cardápios;

O que NÃO ajudou aqui em casa e não ajudará a resolver:

  • Fazer chantagens para que ela possa comer;
  • Perder a paciência, gritar ou até chorar na frente da criança;
  • Entrar em desespero;
  • Se culpar ou culpar a criança;
  • Forçar a criança a comer;
  • Cobrar e exigir demais da criança;
  • Desprezar os hábitos alimentares comum como arroz e feijão (sim é uma ótima composição alimentar).

No entanto, é importante ressaltar que cada criança tem um comportamento diferente e de formas diferentes, o mais importante é ter paciência e tentar entender o que há por trás deste comportamento. Tentar entrar no mundo da criança, estimular a imaginação, fazer  com que ela veja os alimentos de forma prazerosa divertida e uma ótima forma de socialização.

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