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Ser Mãe de Três: Loucura ou Coragem? Ficar em casa ou trabalhar fora?

Ser Mãe de Três: Loucura ou Coragem? Ficar em casa ou trabalhar fora?

Por alguns, sou vista como uma louca. A sociedade de hoje não poupa julgamentos: “Três filhos? Você está maluca?”. Em compensação, ser Mãe de Três para outros, sou considerada uma mulher corajosa, que luta para manter vivos os valores familiares, as raízes e, por que não, a continuidade da nossa “espécie”.

Independentemente do que pensam, uma coisa é certa: a maternidade é tanto prazerosa quanto desafiadora. E no meu caso, esses desafios são multiplicados porque escolhi ter meus filhos um atrás do outro. Sim, foi uma escolha. Decidi que teria os três seguidos, para depois poder me organizar, recuperar meu tempo e foco, e me cuidar melhor no futuro quando as crianças crescerem e não forem mais tão dependentes de mim.

Não é fácil! A gestação e o período de amamentação, para mim, são fases mais que desafiadoras. Não apenas pela dedicação física e emocional que envolvem cuidar de crianças, como por exemplo, alimentação, saúde, amor, carinho, educação e todas as demandas da casa , mas também pelos sacrifícios pessoais que essas fases exigem. Durante esse período, deixo de fazer procedimentos médicos ou estéticos, tomo cuidado com os exames que realizo e até evito certos alimentos ou medicamentos que poderiam afetar o leite materno e, consequentemente, meu bebê.

Sim, é um tempo de renúncia! Mas sabe o que me faz persistir? A certeza de que esses momentos não voltam.

São poucos anos em que as crianças são pequenas, poucos verões brincando juntos, poucos invernos compartilhando histórias na cama, poucas apresentações escolares onde eles nos olham com orgulho na plateia. Esses anos passam rápido, e quero estar presente em cada um deles.

Os Desafios e as Lições de Ter Três Filhos

Muita gente me pergunta: “Como você consegue dar conta de três filhos?”. Eu costumo dizer que, surpreendentemente, é mais fácil cuidar de três do que foi cuidar de dois.

A verdade que foi quando eu tive o meu segundo filho quando senti o verdadeiro choque. Estava aprendendo a lidar com a transição de um para dois. O que “pega” é também onde os períodos e as necessidades eram completamente diferentes, como, por exemplo, um bebê que só mama, enquanto a criança maior outro já estava na fase de papinhas e outra maior já come comida normal. Essa diferença de fases exige, na verdade um nível de organização, tempo e dedicação que, no início, parecia impossível, mas depois você se acostuma e leva com o pé nas costas.

Quando veio o terceiro, as coisas se encaixaram de forma mais natural. Os dois mais velhos já tinham uma certa independência, e eu aprendi a confiar no meu instinto materno. Cada filho trouxe desafios únicos, mas também uma sensação de completude que eu jamais imaginaria sentir.

Ser Mãe de Três tem seus sacrifícios:

Ser mãe é, de certa forma, um ato de sacrifício, mas também de amor incondicional. Eu sei que agora estou dedicando a maior parte do meu tempo e energia a eles, mas sei também que estou vivendo uma fase única, que jamais se repetirá. Quando meus filhos forem mais independentes, voltarei a focar em mim, nos meus sonhos e na minha liberdade pessoal.

Por enquanto, eu vivo intensamente cada sorriso, cada choro, cada conquista e até mesmo as birras. A infância deles é curta demais para não ser aproveitada ao máximo.

Gisele Quagliato

Sobre a escolha de ficar em casa:

Só um adendo: eu sei que muitas mães não têm o tempo ou a disponibilidade que gostariam para se dedicar exclusivamente aos filhos. Há tantas mulheres incríveis que precisam trabalhar fora, equilibrar suas carreiras, cuidar da casa e ainda dar o melhor de si para a família. Eu as admiro profundamente, pois sei que não é fácil manter todas essas responsabilidades.

No meu caso, tive a bênção de contar com uma rede de apoio maravilhosa “minha família e até mesmo meu esposo” que sempre está ao meu lado, dividindo as tarefas e me incentivando. Isso me permitiu fazer uma escolha: priorizar meus filhos enquanto são pequenos, estar presente nos momentos que considero cruciais do crescimento deles.

Se você tem essa possibilidade, seja por meio de uma rede de apoio ou outro recurso que permita ajustar seu tempo, recomendo que aproveite ao máximo. Não porque há uma “forma certa” de ser mãe , pois cada uma sabe o que é melhor para sua família, ainda mais porque esses anos de infância são tão rápidos, tão únicos, que vale a pena vivê-los de forma mais plena, se puder.

Dito isso, quero deixar claro: ser mãe é desafiador para todas nós, seja dentro ou fora de casa. Cada jornada é válida e importante. Não importa o caminho que escolhemos, todas estamos fazendo o melhor que podemos pelos nossos filhos, e isso é o que realmente importa.

E Você Amiga?

Se você é mãe, está pensando em ter mais filhos ou apenas reflete sobre as alegrias e os desafios da maternidade, saiba que cada história é única e especial. Não importa o que a sociedade diga, o que importa é o que faz sentido para você e sua família.

E aí, você pensa em ter mais filhos? Ou se identifica com alguma parte dessa jornada? Me conta nos comentários! Um beijo!

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