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Febre, Febrefobia e Quando Realmente Levar um Bebê com Febre ao Médico?

Febre, Febrefobia e Quando Realmente Levar um Bebê com Febre ao Médico?

Olá Pais e Mães, hoje gostaria de conversar com vocês um assunto extremamente importante que é sobre a saúde de nossos filhos, mais especificamente sobre a Febre.

Sim, a febre é um assunto que merece muita atenção, pois frequentemente faz com que muitos pais e mães a procurem emergências pediátricas no meio da madrugada, nos pronto-atendimento de hospitais ou até mesmo em consultórios de pediatria.

É muito comum nós que somos pais ficarmos apreensivos quando colocamos o termômetro em nossos filhos, começamos a notar que o corpo deles estão dando sinais de febre, às vezes, com valores elevados.

Febre e a Febrefobia

A febre é um tema que gera muita controvérsia e preocupação, principalmente para nós pais e cuidadores.

É importante entender que a febre não deve ser encarada como um problema assustador, mas sim como um sinal de que algo não está certo.

A febre é uma resposta natural do corpo, especialmente em crianças, e desempenha um papel importante na defesa do organismo.

No entanto, muitas pessoas têm um medo exagerado da febre, o que leva ao uso excessivo de antitérmicos, mesmo em temperaturas levemente elevadas.

Esse medo exagerado da febre é chamado de “febrefobia” e resulta em tratamentos desnecessários e potencialmente prejudiciais.

Alguns pais chegam a administrar antitérmicos de forma intercalada ou em doses frequentes, o que pode ser até perigoso.

Sendo assim, é essencial compreender que a febre em si não é o problema, mas sim o desconforto que ela pode causar à criança.

Quando dar antitérmico para o Bebê?

A decisão de dar antitérmico a um bebê deve ser baseada em vários fatores, incluindo a idade do bebê, a temperatura corporal, o desconforto da criança e a orientação do pediatra.

Porém, é importante observar como o corpo da criança responderá a esta situação e por isso importante levar em consideração não somente os valores do termômetro.

Não Foque nos Valores, Mas sim no Quadro Geral da Criança!

Não devemos focar apenas nos valores da temperatura, mas sim no quadro geral, que é basicamente o bem-estar da criança.

Se uma criança está com febre, mas ainda está ativa, brincando feliz e aceitando líquidos e comendo normalmente, não é necessário administrar antitérmicos imediatamente.

Ter paciência e Observar o Comportamento da Criança é a Peça Chave!

Sim, devemos ter paciência e observar o comportamento dela.

Portanto, se além da febre, a criança apresentar sinais de desconforto, como prostração ou recusa de líquidos, aí, sim, podemos considerar não somente o uso de antitérmicos., mas também uma avaliação por um médico pediatra.

É importante entender que não existe uma temperatura exata que determine a necessidade de tratamento.

Sinais de alerta!

Certos sintomas são motivo de preocupação, como por exemplo:

  • Qualquer febre em bebês com menos de três meses de idade;
  • Letargia ou apatia;
  • Aparência doentia;
  • Dificuldade em respirar;
  • Sangramento na pele (visto como pequenos pontos de cor púrpura;
  • Choro contínuo em bebê ou criança pequena (impossibilidade de consolar a criança);
  • Dor de cabeça, rigidez do pescoço, confusão ou uma combinação deles em uma criança mais velha.

Cada criança é única, e o foco deve estar no alívio do desconforto. Medicar a criança apenas para normalizar a temperatura não é a abordagem mais adequada.

Quando devemos levar um bebê com febre no médico?

Para caso de Bebês Recém-Nascidos:

Em caso de bebês que são recém-nascidos até 3 meses, qualquer desconfiança de febre ou se apresentar uma temperatura acima de 37.5ºC.

como saber se deve ou não levar uma criança no médico por causa de febre?


No modo geral, eu Gisele, adotei um protocolo aqui em casa e quando uma das crianças apresentam febre a primeira coisa que observo é se a temperatura já está muito elevada e com outros sinais como tosse, espirros, falta de ar. Porque, dependendo do sintoma, a tosse, por exemplo, é algo que eu não me preocupo mais, porém, se a criança apresenta dificuldade respiratória, daí é uma emergência. Então primeira coisa a se fazer é entender se é ou não uma emergência.

Se a febre está baixa, e a criança está brincando normalmente, feliz, comendo e bebendo. Fico somente observando e caso essa febre for insistente e não passar em 3 dias, aí sim busco um pronto-atendimento, ou se eu conseguir, um encaixe no consultório pediátrico.

Mas, independente da temperatura, ou seja, qualquer temperatura igual ou acima de 37.5ºC +, ou melhor, a febre acompanhada de outros sintomas como irritabilidade, prostração, falta de apetite ou até mesmo hidratação. Considero levar na emergência para pronto-atendimento!

Independência de febre ou não, leve seu filho à emergência em caso de gemência, desânimo ou fraqueza ou até falta de apetite, e dificuldade para se hidratar.

A verdade sobre o risco de convulsões!

Tá Gisele, mas e o risco de convulsões? Então, quanto ao risco de convulsões febris, é fundamental saber que a febre em si não é o único fator que contribui para esse tipo de convulsão.

Muitas vezes, a convulsão febril ocorre devido a uma elevação súbita da temperatura, não apenas devido ao valor absoluto da febre. Isso significa que mesmo uma criança com febre moderada pode ter uma convulsão febril se a temperatura aumentar rapidamente.

É importante lembrar que, na maioria dos casos, a convulsão febril é um evento benigno e não causa danos permanentes.

Portanto, não devemos ter um medo excessivo desse episódio.

Veja abaixo um vídeo muito interessante que o médico pediatra Dr Daniel Portela fala sobre este assunto e vai justamente ao encontro do que falamos neste artigo:

Em resumo, a febre é uma resposta natural do corpo e não deve ser tratada apenas com base nos valores de temperatura. Devemos priorizar o bem-estar da criança e administrar antitérmicos apenas quando necessário.

Lembre-se de hidratar a criança adequadamente e estimular a ingestão de líquidos após o uso de antitérmicos.

Se você tiver dúvidas sobre o uso de antitérmicos, consulte um médico pediatra, ou seja, um profissional de saúde.

Ah e para fecharmos este artigo, lembre-se que é apenas um informativo onde você jamais deve substituir pela consulta ao médico.

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