Adotar um animal de estimação ao ter crianças pequenas em casa, com certeza é uma decisão que pode ser emocionante, assim como também pode trazer inúmeros benefícios. Trabalhar o senso de empatia, senso de responsabilidade, socialização e muito mais.
Porém, como nem tudo na vida são flores na vida, e ainda mais se tratando de saúde e crianças pequenas em casa, há considerações importantes que muitas vezes passam despercebidas, mesmo porque ninguém fala por aí.
São inúmeros incentivos que as famílias recebem para resgatar animais das ruas e colocá-los numa casa com família completa. O que é muito válido e um papel importante na sociedade. Mas ninguém conta o lado negativo do que pode acontecer e que infelizmente vivenciei.
Deixando bem claro que amo animais, meu esposo principalmente, pois tem contato com animais desde sua infância. Todos aqui gostamos de todo tipo de pet.
Mas, o meu papel aqui é trazer informação e levantar as seguintes provocações em forma de questões que apresentarei a você, no intuito de te ajudar na tomada de decisão com mais consciência, sabendo assim dos riscos que podem acontecer.
Contudo, neste post falaremos de algumas informações importantes que você deve conhecer antes de dar as boas-vindas a um novo membro pet na família. Ok?
1. Adequação animal ao tamanho do Espaço de sua casa:
O tamanho do seu lar, a raça do animal juntamente com tamanho do animal é um fator importantíssimo ao escolher um animal de estimação.
Animais de “Grande Porte” podem não se adaptar bem em ambientes pequenos como, por exemplo, apartamentos menores. Cães com raças de grande porte, por exemplo, necessitam de espaço para correr e brincar, ou seja, gastar energia durante o dia.
O estresse decorrente da falta de exercício pode levar a comportamentos indesejados como comportamentos agressivos, ataque às outras pessoas e outros animais, o que é extremamente preocupante quando se há crianças envolvidas.
2. Compreensão da Alimentação, rotina e cuidados especiais:
Se você tiver interesse por um animal de raça, saiba que cada raça tem requisitos alimentar, assim como demanda uma rotina de cuidados básicos específicos, e isso não é apenas uma consideração financeira.
Além do custo da ração, algumas raças podem necessitar de dietas mais especializadas, tratamento de saúde e maiores frequências de consultas ao veterinário, cuidados com pelos, higiene, dentre outras situações.
Itens e rotinas de cuidados que pode impactar significativamente tanto o orçamento familiar, como também a rotina, estilo de vida da família e principalmente o que quase ninguém fala, como farão quando a família decidir viajar?
Se deixarão os animais hospedados num hotel para pets, se deixarão com um membro da família, ou até mesmo se levarão na viagem, as documentações necessárias para um animal viajar dentro e fora do seu país de origem e tudo mais.
Por isso, é essencial antecipar e planejar os gastos com alimentação, saúde e cuidados básicos para garantir o bem-estar do animal.
3. Custos Veterinários:
Conforme mencionamos acima, a responsabilidade financeira não termina na alimentação.
Vacinas, vermífugos, consultas veterinárias, exames e possíveis planos de saúde para o pet são despesas a serem consideradas.
Em famílias com crianças, onde os custos já são diversos, é crucial ter uma compreensão clara dos gastos associados à saúde do animal.
4. Alergias e Saúde das Crianças:
O que ninguém fala, ou melhor, o que ninguém pergunta quando você quer adotar um animal, é se seus filhos possuem algum tipo de problema de saúde, como respiratório, alergia graves a pelo de animal, dentre outras situações.
A saúde das crianças sempre deve ser a prioridade máxima!
Por favor, antes de adotar, certifique-se de que nenhum membro da família tenha alergias, especialmente a pelo de animais.
Caso surjam problemas de saúde, é essencial buscar orientação médica imediatamente!
Infelizmente descobri que meus filhos possuem bronquite asmática e alergia a pelo de animais, estou num dilema aqui em casa com a nossa gatinha mais nova.
Temos duas gatas, uma idosa de 15 anos da raça exótica com problemas de saúde onde não há possibilidade de doar para outra família, pois além de idosa, tem os tratamentos que não podem parar, então tento separá-la ao máximo dos meus filhos.
E outra que é mais nova e simplesmente o xodó da minha filha mais velha, e aí como entregaremos a outra família animais que são simplesmente membros de nossa família? Médicos já nos deram bronca, outros pais já chegaram forte com julgamentos, mas sinceramente ainda não encontramos soluções.
5. Complicações Emocionais na Adoção:
Pois é, e daí situações como esta que estamos passando que é a descoberta de alergias podem criar complicações emocionais.
O apego ao novo pet e a conscientização de que ele pode não ser a escolha ideal para a saúde da família podem ser desafiadores.
É vital abordar essas situações com empatia e procurar soluções que garantam o bem-estar de todos. E tomar muito cuidado ao passar informações para outras pessoas, hoje sofremos julgamentos desnecessários por tão pouco. As pessoas estão intolerantes, então evite passar por esta situação.
6. Expectativa de Vida dos Pets:
Um ponto vital muitas vezes esquecido é a expectativa de vida dos animais de estimação.
É muito importante preparar as crianças para a realidade de que, em comparação com os humanos, os pets têm um ciclo de vida mais curto.
Conversas honestas sobre a finitude da vida dos animais ajudam a desenvolver compreensão e respeito desde cedo.
E para concluirmos…
É meus colegas, eis que adotar um animal de estimação é uma decisão que impacta toda a família, especialmente quando há crianças envolvidas.
Ao estar ciente desses pontos que discutimos aqui, acredito que você estará melhor preparado para proporcionar um ambiente amoroso e seguro tanto para seus filhos quanto para o novo companheiro peludo.
Afinal, a felicidade da família é o resultado de escolhas bem informadas e responsáveis.
E vale ressaltar a importância também de consultar o tipo de cuidados especiais que demanda cada tipo e espécie do animalzinho que será o novo membro da família. Inclusive a expectativa do tempo de vida, um peixinho beta, por exemplo, vive no máximo 5 anos e a criança pode sofrer muito se não tiver preparada para isso.
Por último e o mais importante, não podemos esquecer, sobre as questões de saúde das crianças e como será a nova rotina, dinâmica familiar e principalmente como farão quando vocês forem viajar.
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