No segundo trimestre da minha gestação, fui diagnosticada com diabete gestacional, e desde então, o meu foco tem sido estudar e criar maneiras de controlar os meus níveis açúcar no sangue , ou seja, controlar a glicemia sem ter que usar à insulina. Eu fiquei feliz quando minha médica disse que 70% das pacientes dela conseguia controlar tranquilamente somente com dieta e exercícios.
Bem, manter a glicose bem controlada não só é essencial para a saúde do bebê e da mãe durante a gestação, mas também reduz muito o risco de desenvolver diabetes tipo 2 após o parto, e como tenho familiares com diabete na família, eu tenho risco alto para isso, então é bom cuidar.
Sendo assim, eu vim aqui compartilhar algumas “medidas”, se é que podemos dizer assim, mas o que de fato têm funcionado para mim e ações que me ajudaram a manter a glicemia em níveis adequados.
Lembrando que para as mamães que estão com diabete gestacional em Jejum o índice desejado é menor que 95, e uma hora após as refeições principais é igual ou menor que 140. Mas vamos lá, isso é com seu médico, ok?
Vamos então para as atitudes que venho tomando que me ajudaram bastante:
1. Entender a diferenças dos alimentos de Alto e Baixo Índice Glicêmico:
Desde o diagnóstico, me dediquei ao aprendizado sobre nutrição, especialmente na compreensão dos alimentos com “alto índice glicêmico” e “baixo índice glicêmico”.
Optar por alimentos de baixo índice glicêmico, como vegetais, grãos integrais e proteínas magras, tem sido uma estratégia fundamental para conseguir manter minha glicemia baixa.
Esses alimentos ajudam a evitar picos de glicose no sangue, fornecendo energia de forma mais constante e sustentada.
Saber diferença do índice glicêmico de uma batata inglesa e batata doce, por exemplo, faz uma diferença enorme. Resumidamente , prefira alimentos com “BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO” como por exemplo:
Vegetais
- Chuchu
- Abobrinha
- Pepino
- Alface
- Aipo
- Tomate
- Rabanete
- Espinafre
- Couve
- Brócolis
- Couve-flor
- Pimentão
- Cenoura crua
- Berinjela
Frutas:
- Maçã
- Pera
- Cereja
- Ameixa
- Morango
- Framboesa
- Kiwi
- Laranja
- Limão
- Uva
- Melão
- Pêssego
- Toranja (grapefruit)
Grãos e Leguminosas:
- Lentilha
- Grão-de-bico
- Feijão preto
- Feijão-manteiga
- Ervilha
- Quinoa
- Aveia em flocos (não instantânea)
Laticínios e Alternativas:
- Leite desnatado ou semidesnatado
- Iogurte natural sem açúcar
- Queijo cottage
Nozes e Sementes:
- Amêndoas
- Nozes
- Sementes de chia
- Sementes de linhaça
- Sementes de abóbora
Proteínas Magras:
- Peito de frango
- Peixe (salmão, atum)
- Carne magra (como patinho)
- Ovos
Cereais e Pães:
- Pão integral de grãos inteiros
- Arroz integral
- Cevada
- Centeio
2. Substituições Inteligentes e Equilíbrio Nutricional:
Outra lição valiosa foi distinguir entre carboidratos simples e complexos.
Substituir carboidratos simples (como pão branco e doces) por opções mais saudáveis, como quinoa, abóbora kabocha / cabotia, xuxu, abobrinha e leguminosas, tem feito uma diferença significativa.
Os carboidratos complexos são digeridos mais lentamente, ajudando a manter os níveis de glicose estáveis.
3. Manejar Deslizes com Consciência:
Claro, deslizes acontecem, mas aprendi a não deixar que eles definam minha trajetória e posso muito bem sempre recomeçar.
Mas a dica do que faço quando eventualmente consumo algo fora do planejado, um truque que tenho utilizado é o consumo de água com vinagre de maçã e limão.
Algumas evidências sugerem que essa combinação pode ajudar a moderar o aumento da glicose após uma refeição rica em carboidratos, mas é importante lembrar que o consumo excessivo de vinagre pode causar desconfortos gástricos.
Portanto, uso com moderação e sempre como uma estratégia ocasional.
4. Exercícios Físicos:
Embora eu confesse que não estou sendo a pessoa mais ativa fisicamente neste momento, reconheço a importância do exercício na regulação da glicemia.
Atividades como caminhadas leves, alongamentos e exercícios de resistência são recomendados e podem ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, facilitando o controle da glicose no sangue.
5. Boa Hidratação:
A ingestão adequada de água também é fundamental no controle da diabete gestacional.
Manter-se bem hidratada ajuda na digestão, na regulação da glicemia e no bom funcionamento do corpo como um todo.
Eu procuro consumir pelo menos 2 a 3 litros de água por dia, dizem que o cálculo é o seu peso vezes 30 ml vezes seu peso.
6. Refeições Frequentes e Balanceadas:
Uma outra prática que adotei é fazer refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, para evitar grandes flutuações nos níveis de glicose.
Tento incluir mais proteínas, gorduras de fontes saudáveis e fibras em todas as refeições para manter a minha saciedade mais prolongada e uma liberação de energia equilibrada.
7. Uso Sementes para Reduzir o Índice Glicêmico das Minhas Refeições:
Uma dica valiosa que aprendi é polvilhar as refeições com sementes de chia, linhaça e abóbora.
Essas sementes são ricas em fibras, proteínas e gorduras saudáveis, que ajudam a diminuir o índice glicêmico das refeições, retardando a digestão dos carboidratos e evitando picos de glicose no sangue.
Além disso, as sementes de chia e linhaça são excelentes fontes de ômega-3, que trazem benefícios adicionais para a saúde cardiovascular.
Manter a glicemia controlada durante a gestação requer disciplina e conhecimento, mas é completamente possível e recompensador.
Essas medidas têm me ajudado a passar por essa fase de maneira mais tranquila, com saúde e bem-estar para mim e para o meu bebê.
Finalizando…
Bem, espero que você tenha gostado das dicas, se você foi diagnosticada com diabete gestacional, sugiro que converse com dois profissionais além do seu obstetra que serão fundamentais para te auxiliarem neste tratamento que são: endocrinologista e um profissional nutricionista especializado em gestantes com diabete gestacional, ok?
Deus abençoe sua trajetória e volte aqui para me contar se você também está conseguindo controlar a glicemia tanto quanto, eu ok?
Beijão.