Houve uma época em que muitas pessoas consideravam uma loucura ter em casa gatos em casa numa família onde se tem crianças e, que a sociedade enxergava que gatos eram basicamente como companheiros exclusivos de indivíduos solitários.
Obviamente isso sempre foi um equívoco, e atualmente os gatos se mostram parceiros ideais não apenas para adultos, mas também para crianças e até mesmo outros animais de estimação.
Porém, segundo dados do IBGE, o número de lares com gatos no Brasil está crescendo duas vezes mais rápido do que o de lares com cachorros.
Essa tendência sugere que, em uma década, os gatos podem superar os cachorros como animais de estimação mais populares nos lares.
Isso evidencia que os gatos não apenas se adaptam ao estilo de vida contemporâneo, mas também se encaixam harmoniosamente em diversos tipos de famílias.
Isso desafia outro mito sobre os felinos: a ideia de que eles são prejudiciais e transmitem doenças para crianças. Exploraremos o que é verdadeiro ou não nessa relação entre gatos e crianças.
Benefícios de ter um gato com crianças em casa:
Antes de explorarmos os aspectos polêmicos, é apropriado ressaltar as vantagens dessa relação especial.
Especialistas afirmam que estudos crescentes destacam os efeitos benéficos da convivência com animais de estimação na saúde, bem-estar e desenvolvimento infantil.
Em relação aos gatos, ela enfatiza que, apesar de serem independentes e terem custos de manutenção mais baixos em comparação com os cachorros, esses animais conseguem preencher o lar com carinho, cumplicidade e companheirismo, proporcionando uma adição valiosa ao cotidiano das crianças.
Aliás, compartilhar a vida com um gato de estimação pode ensinar às crianças lições realmente valiosas, pois muitas crianças desenvolvem relacionamentos fantásticos com seus gatos, aprendendo sobre respeito e gentileza desde tenra idade por meio da convivência com esses animais.
O Papel dos Pais Ao ter Gatos e Crianças no mesmo Ambiente:
A responsabilidade pela construção de uma relação saudável entre o gato e as crianças recaem principalmente sobre os pais, eis que esse processo deve se iniciar com um planejamento cauteloso
De acordo com especialistas, ao escolher um gato (assim como outro animal), é extremamente importante considerar sua raça devido a sua personalidade, considerando as experiências iniciais do filhote como fatores determinantes.
Sim, muitos não gostam quando entramos neste assunto, principalmente atividas contra a venda de animais, não é este o ponto que iremos abordar aqui, mas a questão na consideração de raças que são mais propensas ao manuseio, cuidados de saúde, cuidados com pelos, cuidados especiais e mais tolerantes à interação constante com crianças. Como, por exemplo, raças como Ragdoll, Abissínio, Birmanês, Maine Coon, Persa e Siamês por possuírem essas características.
Outra seleção importante na questão de raças, que ressaltamos, é considerar a raça ideal do gato de acordo com a idade da criança. Gatos mais tranquilos são adequados para bebês, enquanto gatos mais enérgicos podem ser mais apropriados para acompanhar o ritmo acelerado das crianças mais velhas e jovens.
Independentemente disso, é crucial que os pais instruam as crianças sobre as maneiras adequadas de interagir, se aproximar, segurar e brincar adequadamente com o gato, assim como sempre manter o respeito com o animal.
Nunca deixe uma criança sozinha com um animalzinho!
É muito importante alertar e te avisar para nunca deixar um bebê ou criança pequena sozinha com um animalzinho qualquer que seja e por mais dócil, como cachorro, gato, ou qualquer outro bicho, devido à imprevisibilidade do comportamento, tanto do animal quanto da criança.
Mesmo os pets mais dóceis podem reagir de maneira inesperada diante de brincadeiras infantis, resultando em situações potencialmente perigosas.
Sem contar que os pequenos ainda estão aprendendo a interpretar as expressões e sinais dos animais, aumentando o risco de incidentes. A supervisão constante é essencial para garantir a segurança e o bem-estar de ambas as partes, promovendo uma convivência harmoniosa entre crianças e animais de estimação.
É importante os pais ensinarem às crianças como interpretarem os sinais de que um gato excesso de estímulo possa estar cansado, ou até mesmo querendo brincar, e principalmente sempre respeitar sua necessidade de tempo sozinho, reduzindo assim o risco de acidentes, como arranhões.
No entanto, os pais devem estabelecer as regrinhas em casa, determinando onde o gato pode ou não entrar, além de cuidar do bem-estar do pet, assegurando acesso à água, comida e mantendo sua caixa de areia sempre limpa.
Sobre Problemas Respiratórios: Gato faz mal para o Bebê?
Para além do receio com os arranhões, muitos pais hesitam em adquirir um gato devido ao temor de possíveis problemas respiratórios para a criança. O que é um fator bem preocupante quando se tem crianças “alergicas” em casa.
Porém, se as crianças não apresentarem reações alérgicas e não tiverem asma, crises de alergia e os exames forem adequados, as preocupações sobre se o gato faz mal para bebês tornam-se extintas.
Enquanto algumas pessoas podem de fato manifestar reações alérgicas a proteínas presentes na saliva e nas glândulas sebáceas do gato, alguns estudos indicam que a exposição precoce a esses alérgenos pode reduzir o risco de desenvolver sintomas alérgicos na criança. Mas tome cuidado com essa decisão. Faça esse levantamento embasados de exames e opinião juntamente com pediatra de seus filhos.
Na dúvida sempre busque orientação médica individualizada para uma avaliação precisa!
No entanto, se o médico permitir a convivência da criança com o gato, algumas medidas podem ajudar a minimizar a gravidade da alergia. Confira!
- Evite o contato do gato com o quarto da criança, especialmente com a cama;
- Prefira pisos laminados ou de azulejos para evitar o acúmulo de pelos;
- Opte por almofadas e utensílios laváveis, especialmente se muito utilizados pelos gatos;
- Aspire a casa frequentemente, utilizando equipamentos com filtro HEPA;
- Mantenha a casa sempre ventilada.
Bem caros pais e cuidadores, vale a pena ressaltar que, não apenas para os gatos, mas para todos os animais de estimação, devemos garantir vacinação e check-ups regulares no veterinário pelo menos anualmente é essencial. Pois, isso não somente assegura a saúde e o bem-estar de nossos bichinhos, mas também evita a transmissão de doenças para você e sua família, como toxoplasmose e esporotricose.
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